"Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si mesmo. É buscar em torno de si a razão íntima de todas as dores que acabrunham o próximo, para dar-lhes alívio. É encarar a grande família humana como a sua própria, porque essa família irá reencontrar um dia em mundos mais adiantados, pois os Espíritos que a constituem são, como vós, filhos de Deus, marcados na fronte para se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos aquilo que Deus vos deu com liberalidade, pois, de vossa parte, seríeis muito felizes se vossos irmãos vos dessem aquilo de que tendes necessidade. A todos os sofrimentos, dispensai pois uma palavra de ajuda e de esperança, para vos fazerdes todo amor e todo justiça.
Crede que estas sábias palavras: “Amai muito, para serdes amados”, seguirão os seus cursos. Esta máxima é revolucionária e segue uma rota firme e invariável. Mas vós já haveis progredido, vós que me escutais: sois infinitamente melhores do que há cem anos; de tal maneira vos modificastes para melhor, que aceitais hoje sem repulsa uma infinidade de ideias novas sobre a liberdade e a fraternidade, que antigamente teríeis rejeitado. Pois daqui a cem anos aceitará também, com a mesma facilidade, aquelas que ainda não puderam entrar na vossa cabeça."
Para quem conheceu e mergulhou na própria treva, para quem só via a morte em lugar da vida e já não sentia mais dor, não sentia mais nada, ter conhecido essa Verdade que me acompanha hoje é o mais puro renascimento. É como ganhar uma alma nova. E ninguém poderá se esforçar o suficiente para me fazer duvidar daquilo que eu vivi, vivo e viverei. Ninguém poderá contestar a vida que preenche meu ser.
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