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Mostrando postagens de outubro, 2010
Problemas são situações incertas, transitórias e incômodas porém substituíveis por outras de mesmo teor, mas não necessariamente de mesma ordem. Problemas, saiam de mim. Prefiro me afundar na lingerie , como diria Arnaldo Baptista, a ter de confrontá-los de olhos abertos neste momento de fragilidade emocional. E não, eu não concateno nada neste momento. Assinado: me esquece, sexta-feira! http://www.youtube.com/watch?v=jPG69s5x4N8
Peguei carona até o meio do caminho. 9h24. Cedo. Atravessei a Xavier de Toledo, dei bom dia para A gari , pros guardas e O recepcionista . Guarda bolsa, pega carteirinha e RG . "Moça, onde fica literatura nacional, poesia?" Toca o celular. " Oi , é proibido falar ao celular". "Desculpe, não sabia". "É lei municipal". Ai, credo, tá bom! Já tinha desligado! Graciliano Ramos, uma aí que não sei quem é... Corro os olhos pelas estantes sem perder a noção da hora. Rubem Fonseca. Ah, sempre quis ler! Depois de 5 minutos levo 'O buraco na parede'. O cara (moleque) que registra a saída do livro pergunta como se fala meu sobrenome e a origem. Puxa um papinho enquanto eu reparo num tufo de cabelo branco do lado da testa dele. "Boa leitura". A moça do guarda-volumes me deseja "uma ótima aventura". Ela não conhece a minha vida. Se bem que já foi mais emocionante, vamos admitir. Hall do prédio. Chego na copa e começo o lava-e

Bêbada equilibrista na corda-bamba dessa vida fajuta

Eu não gosto de rótulos. Bem, evito. Mas me considero notívaga - soturna . Tão bom voltar pra casa depois de doses consideráveis de álcool e umas tragadas num cigarro literalmente de bêbado. Aquele que a gente acende no ponto do ônibus e o danado chega bem na hora, daí o lance é apagar o cigarro na sola do sapato e acender novamente ao saltar. Por causdequê ? Por que gente fudida é assim, camara . Economiza no cigarro, na birita , no busão . Mas há de nascer o sol do dia em que não serei mais uma estagiária fudida e mal paga, porém adoradora de meu ofício. Voltando à noite de plenilúnio desta sexta... Camelar a semana toda e findar etilicamente cambaleante e leve por aquele asfalto da Anchieta foi mágico. Bêbada, você vai dizer. É bem verdade. Mas nada como se sentir bem e incorporada a um até então (quando sóbria) mundo bizarro. Ai, tá bom! Você vai dizer que eu viajo. Pode falar. Enquanto isso eu fico aqui na minha brisa pós-cana. Pra dormir melhor! E... perdão pelo meu franc
Quando você disse ' Cris , desculpa, mas eu te amo'. Ah, quando eu olhei pra você e não sabia o que fazer com tudo aquilo. Quando eu pensei: 'a partir de hoje eu vou amar'. Ah, quando tudo aquilo era nosso e o mundo girou rápido demais... Vomitamos. O mundo parou. Descemos e a vida ficou sem gravidade. Entendeu? Todas as coisas mudaram, pessoas chegaram e se foram. O céu de São Paulo enegreceu e o recorde de congestionamento continua diário. Só meu amor por você permaneceu. Não feneceu . E eu continuo sem saber o que fazer com isso... Meu - Djavan Você sabe fazer Tudo o que faz Nada existe em você Que eu não goste demais Quando você diz Me apaixonei por você, "meu" Faz a cara feliz De quem sabe o que é seu Eu nunca vi nada assim "ô loco"!!! É como faz o amor Pra se proteger Dá um "zignal" na dor É vetado sofrer Discordar, discutir Nada é mais saudável, não, não, não Um olhar neném de ser Logo fecha a questão Eu nunca vi nada assim "ô
Ponto de partida: Martins Fontes com o Viaduto 9 de Julho, centro de São Paulo. Subi a Augusta em busca daquilo que namorava há um ano - Cadernos de Literatura Brasileira-Mario Quintana. Um dinheiro que eu nunca tive e que não tenho. Um investimento em palavras que dão forma àquele que me carrega ao sonhos. Àquele que carrego no ombro. Resolvi voltar para casa de ônibus para contemplar a decoração natalina da Avenida Paulista. Materiais reciclados no Conjunto Nacional, praxe. Brilho demais, dourado demais. Bonito e exagerado, como deve ser. Trânsito e o ar abafado que sufocava a garganta e empapava as roupas de suor. Sono e cansaço. Alívio. Confusão. Vidrar São Paulo nas lentes do óculos toda santa manhã por ruas cinzentas e recheadas de pessoas apressadas. Andar sobre o recorte entre a Xavier de Toledo e a Ladeira da Memória desviando das estacas que sangram a calçada e esticam fios para os ônibus elétricos. Dar bom dia ao vigia da biblioteca Mario de Andrade e respirar fundo o ar p