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Mostrando postagens de julho, 2010
Hoje o dia foi de um cinza indescritível. Improdutivo, jogado fora, inútil. As árvores altas que recortavam a massa cinzenta do céu traziam à tona toda dor e sensação de sufocamento. Hoje foi difícil lidar com ela. Pensar um jeito de assimilar a vida, assim como o álcool auxilia na assimilação do floral. Uma inquietação que faz os dedos trocarem as letras, a cabeça girar e a visão flou. Acalmar? Só quando Ella me Nina . Me sinto culpada o tempo todo. Culpada por muito que nem me pertence e duplamente culpada pelo que deixei de lado. Se as pessoas pudessem entender, saber... Como é difícil conviver com ela. O quanto nos batemos todos os dias nessa luta absurda. Não queria chorar, não queria ser fraca assim. Mas em certas horas, quando nos vemos completamente sós, fica complicado assumir uma postura rígida de vencedor. E eu recorro às minhas divas como um momento de prece e desabafo. Tentando me incluir novamente nesse mundo.
E se eu disser que ainda te amo? E se eu disser que nunca deixei de te amar? Faz diferença? É a mesma coisa? Quanta ambiguidade em poucas frases... Mas não importa. Nada do que eu disse ou venha a dizer vai mudar o que eu sempre senti por você. Eu te amo. Mesmo sabendo que é impossível. Mesmo sabendo que não dá mais. Que estamos diferentes... ou sempre fomos. Mas na época nos completávamos. Agora nos estranhamos. Eu te amo. Ainda que você não mude ou que adquira manias que classifico como insuportáveis. Ou que sua vida não tenha perspectiva nenhuma. Nada, por pior ou contrário que seja a meus desejos e modo de viver, nada pode transmutar esse sentimento. Eu achei que quando te visse iria saber. Não, eu não sei. Eu achei que podia não mais amar você. Que viver sem a sua presença era normal, que já tinha se transformado num hábito sobreviver apenas com uma lembrança sua. Mesmo que a dor pelo fim não me deixasse completamente. Eu sonho com você. Eu vejo você nas pequenas coisas do meu di
Às vezes eu me repreendo porque penso que posso estar reclamando de barriga cheia, sendo injusta, sabe. Mas depois eu paro e penso que tenho o direito de me sentir assim e dou vazão ao sentimento. Aí minha cabeça fica toda embaraçada feito macarronada e vem o colapso. Fico sem ação , choro, me prostro. É como um ciclo, saca? Não tem fim. Não vou narrar o meu dia. Não vou contar tudo o que deveria ser e não foi. Tudo que não deu certo. Mas vou dizer que queria muito colocar meu pijama, me internar por um dia, apenas um, porém inteiro, em minha cama e chorar até adormecer, cansada. Como cantou Morrissey , " Just another false alarm ... The story is old - I know , but it goes on ". Essa música tem uma abertura tão cortante, tão dolorida , que é a única que eu poderia escutar no momento. Tem tantas coisas que eu queria dizer, fazer... Mas a cabeça dói demais, demais! E a vista fica flou , a vida fica flou ...
Senhor dai-me paciência! Dai-me discernimento, porque senão eu arrebento... Deixa pra lá. Ai que saco! Hoje a Bel , minha cadelinha foi fazer exames pra definir o que ela tinha. Na verdade uma segunda opinião. A primeira opinião definiu que ela tem piometra (câncer de útero) e precisa ser operada com urgência. A segunda disse que ela não tem porra nenhuma. Daí que a operação na primeira custa 500 mangos e eu já gastei 270 só de exames. Mais legal é que este dinheiro era para pagar a faculdade este mês. Ah, mas eu tô calma, eu tô mesmo. Fiz uma entrevista segunda e outra hoje. Ia pagar este mês e contar que semana que vem no máximo estou empregada para pagar os meses subseqüentes . Ah-há! Ainda não recebi resposta da entrevista de segunda, e a de hoje foi uma dinâmica com quinhentos negos . Uma vaga. Que beleza! Na mesma hora que a recrutadora anunciou isso começou a tocar Tim Maia na minha cabeça. “Imunização Racional”, sabe? Aquela “ Uh , uh , uh , que beleza!”. Ah, mas tem mais