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Mostrando postagens de dezembro, 2009
Nada do que digo ou faço pode tornar essa sensação menos insuportável. Mas eu ainda posso viver, não é? Não importa quantas coisas me sejam tiradas, arrancadas à flor da vida, eu ainda posso viver. Ainda assim tenho minha presença neste mundo. E se me arrancassem a única coisa que me resta – parca atualmente, confesso – pelo menos eu teria deixado minhas pegadas por algum lugar onde pessoas hão de passar. Fico aqui, calada, trancada nesse estado de letargia. As pessoas não entendem, acham ser besteira, corpo-mole. A verdade é que sou uma criatura da noite e se em quase vinte e sete anos não mudei, não será agora que vou mudar. Queria um veneno antimonotonia, uma cura, um socorro. Mas acho que só eu posso me proporcionar isso. Só não sei como...