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Mostrando postagens de novembro, 2008

Porque não enfia um no rabo e estoura?!

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" Um momento senhora, vou consultar a supervisão." Aquela família que morava ao lado irritava de vez enquando . Rolava até uma comunicação básica: eu ligava o rádio, ele batia a janela, eu abaixava o rádio. Ele gritava gol , eu gritava caramba!, ele moderava. Era até perfeito. A mãe saía, a molecada tomava a casa com um pagode nas alturas e a correria escada abaixo, escada acima, que não deixava ninguém dormir por aqui. No dia seguinte, a mãe chegava, fazia um escarcéu por causa da zona e tudo se normalizava. Mudaram. Depois de tantos anos, o silêncio me era incômodo . Sentia uma solidão na casa ao lado. Durou pouco. Vieram pedreiros e pintores e por mais de mês meu despertador era o martelo ou a furadeira . Ai, que inferno! Eu não podia fazer nada. O dia inteiro aquele barulho. E não bastasse isso, eu, pelada no quarto depois do banho, me deparava com um cabra na lage ao lado, furando, pintando, lixando e o escambau . Puta inconveniente, viu! Aí chegou outra família. Maio
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Termo esse do qual me utilizo para me "classificar". Isso em resposta a perguntas as quais não quero responder, simplesmente porque não tenho resposta. E não pretendo ter. As coisas são. Eu caminhava hoje entre as árvores da praça Pedro Álvares Cabral, havia acabado de sair da Assembléia Legislativa, e só caminhava. Não havia nada além disso, nenhum código, nenhum signo. Nada. Por que as pessoas acham que tudo deve ter sentido? Por que eu tenho que saber, e não suficiente saber, devo anunciar meus planos quando questionada? Meu plano é só meu. Não lhe interessa! Não lhe interessa se faz sentido, se é coerente. Eu não quero ser coerente, eu não quero nada! Eu apenas ando, porque preciso chegar a algum lugar. Eu não sou jornalista, não sou humana, não sou nada. Minha condição é só minha, inclassificável! E não me interessam os rótulos e motivos e papos éticos que nunca terão resolução. Porque eu sei que existe um fim que não é o fim e eu só estou aqui para atingi -lo. Nada di
Se ela soubesse quanta falta me faz. Se ela pudesse voltar os olhos para trás e ver que prometera nunca me abandonar... Eu não posso mais com isso. Não há comprimido que tire essa dor, nem esquecimento que rasgue todo amor. Eu fico aqui, às vinte para as sete da manhã, o coração crispado na mão, apertado, deixando o sangue escorrer por entre os dedos. Ela já não é a mesma. E as promessas ficaram num vão no tempo. A saudade é acessório d'alma. E o que a gente tinha se perdeu na imensidão de pernas desconhecidas e de um palavrório pretencioso, alheio. Quanta dor de cabeça! Uma enxaqueca insuportável de tanto chorar, a camisola engomada pelas lágrimas que afloravam da nascente agora tão inchada e vermelha, como uma rosa. Dor nas costas, por horas sentada, abraçada ao joelho. A segunda vez que meu coração disparou numa palpitação, num descompasso e surgiu um cansaço e uma dor fina. Como no dia em que conheci Marcelo Rubens Paiva e ele me olhava. Medo. Medo de o coração parar. De desist
.......................................................................................................... Down em mim Composição: Frejat/Cazuza Eu não sei o que o meu corpo abriga Nestas noites quentes de verão E nem me importa que mil raios partam Qualquer sentido vago de razão Eu ando tão down Eu ando tão down Outra vez vou te cantar, vou te gritar Te rebocar do bar E as paredes do meu quarto vão assistir comigo À versão nova de uma velha história E quando o sol vier socar minha cara Com certeza você já foi embora Eu ando tão down Eu ando tão down Outra vez vou te esquecer Pois nestas horas pega mal sofrer Da privada eu vou dar com a minha cara De panaca pintada no espelho E me lembrar, sorrindo, que o banheiro É a igreja de todos os bêbados Eu ando tão down Eu ando tão down Eu ando tão down Down... down .......................................................................................................... Faz Parte Do Meu Show Cazuza Composição: Cazuza / Renato Ladeira Te pego n
......................................... Maior Abandonado Cazuza Composição: Cazuza e Frejat Eu tô perdido Sem pai nem mãe Bem na porta da tua casa Eu tô pedindo A tua mão E um pouquinho do braço Migalhas dormidas do teu pão Raspas e restos Me interessam Pequenas poções de ilusão Mentiras sinceras me interessam Me interessam, me interessam Eu tô pedindo A tua mão Me leve para qualquer lado Só um pouquinho De proteção Ao maior abandonado Teu corpo com amor ou não Raspas e restos me interessam Me ame como a um irmão Mentiras sinceras me interessam Me interessam Migalhas dormidas do teu pão Raspas e restos Me interessam Pequenas poções de ilusão Mentiras sinceras me interessam Me interessam, me interessam Estou pedindo A tua mão Me leve para qualquer lado Só um pouquinho De proteção Ao maior abandonado ......................................... Milagres Composição: Cazuza/Denise Barroso/Frejat Nossas armas estão na rua É um milagre Elas não matam ninguém A fome está em toda parte Mas a ge
A última vez que chorei, meu amor. E foi há tanto tempo que há areia em meus olhos. A vida como música numa vitrola a rodar sob a ponta d'agulha. O fio fora da tomada. Um jazz, um blues tão blue , tão down . Romantic . So sad and lovely , como Stormy Weather na voz de Etta James. Que voz! Ou como Astrud em Desafinado . Ou ainda Dream a Little Dream of Me , com a doce Ella . Ah, Petula Clark, Peggy Lee , Billie Holiday , Janis Joplin , Beth Gibbons , Fionna Apple, Madeleine Peyroux , Nina Simone... Eu poderia citar muitas aqui... São tantas em mim. São tantas dores e amores. Pouca carne para tanta alma. Corpo, esse limite que aborta os sonhos, que suplanta as vontades. Frágil cápsula, jugo dos românticos, mortalha das ilusões... Eu, vítima das minhas pirações , refém das mesas de bar, romântica incurável, pensei estar incólume à loucura. Mas nem só de amor e de pecados se alimenta uma pobre alma. É como queimar a boca com leite quente: dói muito na hora, permanece
Se você pudesse promover o Apocalipse, faria agora? Teria coragem? A partir de hoje, esqueça a palavra tolerar. Não há mais nada que possa barrar meus sentimentos. Eu sou livre. Ajo da maneira que me apraz. Tenho meus motivos. E se não lhe agrada, atravesse a rua e não acene. Pra mim é indiferente. Só não tente me afrontar, você pode se danar. Isso não é um aviso, tampouco uma ameaça. É um fato. Nem pense em me julgar. Minha medida é extrema. Sua inteligência não suporta minh'alma vanguardista. As palavras são poucas e ralas, porém, suficientemente conclusivas. E tem mais, "você" é quaquer um que me lê.
Meio dia e meia, Viaduto do Chá. Destino: Tietê . Paro pra pedir informação ao motorista de ônibus e vejo teu rosto na multidão. Quando aperto os olhos para enxergar melhor já é outra pessoa. Talvez o sol quente ou o odor acre, abominável de urina e fezes da Praça Pedro Lessa . No entanto, é indiferente. És apenas uma pobre alma penada agora. Foste unicamente uma síncope em meus dias. Apnéia e nada mais. Trágico palhaço...
Caixa postal. Já era hora de deixar o gabinete e não obtive nenhuma resposta até o momento. Resolvi simplificar as coisas. Fui até o fim da Líbero, atravessei a Praça do Ouvidor, parando no meio da Dona Maria Paula. Avistei o sebo Aliança e foi o tempo de o farol abrir para finalmente decidir ir direto pra casa. Mas não antes que um freezer com imagens "meramente ilustrativas" me detivesse. Pronto! Três e cinqüenta (com trema mesmo, porque será difícil perder o costume...) por um daqueles sorvetes cheios de coisa, e massa que é bom quase nada. Saio eu com meu sorvete, o alívio para o calorão e alegria para o palato, portanto, feliz. Corro desvairadamente até o ponto da Brigadeiro, onde o ônibus já fechava as portas, e faço sinais, abanando as mãos, para que o motorista me deixe entrar. Ridículo! O decote da blusa, querendo mostrar o que não devia, descendo e a barra subindo. Uma mão revezava entre segurar a bolsa, se segurar e impedir um atentado ao pudor. Enquanto a outra le

Jefferson Airplane

Volunteers Plastic Fantastic Lover House At Pooneil Corners